NINTENDO MANIACOS !

Para comemorar os 25 anos do lançamento de "Super Mario Bros.", a Nintendo lançará "Super Mario Collection" em 21 de outubro no Japão. Esta será uma edição limitada que incluirá um disco para o Wii com os remakes dos jogos do Nintendinho para o Super Nintendo em 1993 - "Super Mario Bros.", "Super Mario Bros.: The Lost Levels", "Super Mario Bros. 2" e "Super Mario Bros. 3" um livro com ilustrações até agora inéditas e artes usadas no desenvolvimento dos jogos originais e um CD com temas selecionados das trilhas sonoras de Mario, da era NES ao Wii. O preço: ¥2500 (US$ 30). E não, ainda não anunciaram se sairá em outras regiões...

Apesar de "Super Mario Bros." não ter sido a primeira aventura do personagem - que apareceu sem este nome em "Donkey Kong", no qual era informalmente "Jumpman", e depois estrelou "Mario Bros.", quando ganhou seu nome e um irmão chamado Luigi - este jogo foi um divisor de águas para os videogames como um todo. Afinal de contas, o mercado de consoles estava às margens de ir para a proverbial vala depois do fiasco de "E.T." para o Atari 2600. Quem esperava que um novo sistema emplacaria? E foi exatamente isto que aconteceu: todo NES vinha com este jogo e "Duck Hunt" - pois além de agregar valor ao aparelho, trazia mais diversão e a deixa perfeita para saber se tanto o controle quanto a pistolinha de luz funcionavam.

A nova aventura de trazia um ambiente de fantasia digno de "Alice no País das Maravilhas", em um mundo mágico e repleto de cogumelos ambulantes, tartarugas voadoras, plantas carnívoras que saem de canos, e assim por diante. Quase sempre envolvendo o resgate da princesa Toadstool - que com o tempo passou a ser chamada Peach, levantando dúvidas sobre o nome real dela... ou até mesmo se era um caso de nome e sobrenome, como Peach Toadstool - as aventuras foram ganhando vários elementos novos: mapas-mundi, uma infinidade de itens especiais, as entradas no ambiente 3D e interações com controle sensível ao movimento, e por aí vai.

Na real, o que torna Mario um personagem tão querido não é necessariamente a trama incrivelmente manjada de resgatar a princesa do dragão - no caso, o rei Bowser... se tanto, esta situação em si já nem é para ser levada a sério, já que sempre é o mesmo formatinho. A essência está na jogabilidade incrível, pois o povo da Nintendo tem as manhas: seja pelo design desafiador das fases - às vezes até mesmo ao ponto de dar vidas extras à vontade ao jogador, já que ele vai precisar delas em certos estágios mais cabeludos (qualquer pessoa que tenha jogado "Super Mario Galaxy" pode ter calafrios ao ouvir "Luigi's Purple Coins"), a graça está em ver um jogo que é desafiador sem ser injusto, bem executado e, acima de tudo, divertido.

Desde seu lançamento, a fama de Mario foi se espalhando de forma tal que apareceu em desenhos animados, um (horrendo) filme com Bob Hoskins e Dennis Hopper, e por muito tempo foi tão sinônimo de quanto chamar qualquer videogame de "Nintendo" nos anos 80 e 90. Isto sem contar as aventuras fora do gênero plataforma, como corrida, esportes, RPG, tabuleiro, quebra-cabeças...

Os tempos mudaram, mais e mais consoles e heróis entraram na disputa, mas uma coisa não dá para negar: Mario está entre os rostos mais reconhecíveis dos videogames - tanto por fãs do assunto quanto o público em geral - e é por essas e outras que este humilde e incansável encanador italiano ainda tem muito chão pela frente. E que venham os próximos 25 anos!

Fonte: O Globo Online